terça-feira, 26 de julho de 2011


Aguardo ansiosamente pelo momento em que você olha pra mim e diz que me quer; que sou causador das suas alucinações  da madrugada, que sou seu refugio em dias ruins, que sou tudo e somente o que você precisa.
Eu ainda espero que você venha e encha minha vida de alegria, me tire da solidão e me contemple com o seu amor. Quero me deitar em um jardim ao seu lado, ver o por do sol e beijar-te intensamente; mostrar todo o amor que ficou escondido em mim até você aparecer.
E sabe, no fim de tudo eu só espero que a noite me traga você!

sábado, 23 de julho de 2011

Delírios de Tom McRayan

A parte nobre de Manhattan é sempre cheia de gente rica e glamorosa. Com muitas pessoas bonitas e principalmente fofoqueiros de plantão. O Upper East Side é onde Tom McRayan reside; aquele típico homem de 25 anos que mora sozinho. Sua casa sempre esta cheia de mulheres e bebidas- e às vezes alguns alucinógenos. Tom é um renomado empresário.
Ele estava deitado no sofá recebendo toda luminosidade do sol que atravessava a janela de sua sala. Acordou sentindo seu rosto quente, olhou ao redor de sua sala e encontrou roupas femininas.
-Quem é você?- perguntou ele para a moça que estava deitada na outra parte do sofá. A menina se levantou, deu um tapa em sua cara e saiu com suas roupas na mão.
Nada de diferente estava acontecendo em sua vida. Igual a todas as manhãs deixou seu apartamento desarrumado, fez um café, tomou um banho quente e foi para o escritório a pé, que ficava apenas sete quadras da onde morava.
Os paparazzi cercavam-o o tempo inteiro, pois sabiam da sua fama de charlatã. Chegando ao escritório cumprimentou todos que passaram por ele e entrou direto em sua sala. Sentou em sua enorme cadeira de chefe, abriu sua gaveta com a chave escondida dentro do seu blazer e retirou uma seringa de dentro dela. Aplicou toda substancia em sua veia do braço esquerdo, começou a sentir calafrios; tremores invadiram seu corpo. E de repente tudo para.
Tom levanta da cadeira e sai da sala, na parte de fora não havia mais ninguém, o relógio marcava 19h37min. Fechou todo o escritório e foi embora. A rua também estava deserta, nenhuma alma viva. Estava caminhando tranquilo depois de um exausto dia de trabalho. Os postes de luzes começaram a piscar e acabaram se apagando; Tom sentiu um arrepio e acelerou seu passo para casa, estavam-lhe faltando cinco quadras ainda. As luzes reacenderam, seu coração desacelerou por um instante, mas logo voltou a acelerar quando viu um vulto passar em sua frente. Agora lhe faltava quatro quadras, as luzes voltaram a se apagar e o vulto se transformou em uma imagem real.
-Socorro! – começou a gritar Tom. O homem de capuz preto estava o segurando, queria matá-lo com uma faca que refletia bem o medo que Tom estava sentindo. - Socorro, socorro. Alguém me ajude! –mas de nada adiantou.
O pedido de socorro de Tom foi em vão, o homem de capuz  preto passou a faca por seu rosto deslizando-a até seu peitou onde fez cortes não muito profundos, porém extremamente dolorosos.
Tom estava ouvindo vozes não muito distantes, pedindo para ele parar. Mas ele não entendia: “Parar com o que?” ele pensava. E como num breakout tudo a volta a si. Quando abre os olhos percebe que a tanta gente perto dele que estão tomando seu ar e ainda, existe uma dor que o incomoda profundamente em seu peito.
-Tom o que você fez?- Uma loira muito atraente estava chorando perto dele. Ele olhou para o seu peito, de onde a dor vinha com força e ele estava sangrando. Sua camisa branca estava rasgada e seu peito cheio de marcas de facas.
-O que... O que aconteceu comigo? Eu estava indo embora e de repente um homem estranho me atacou e... – ele foi interrompido pelo enfermeiro que o levou até a ambulância.
Chegou ao hospital e levou sete pontos no peito sem anestesia. De tanta dor que sentia desfaleceu, perdendo a visão bem de vagar.
Depois de três dias seu peito já estava melhor. Tom voltara a trabalhar sem problema algum, estava levando sua vida normal. Em casa depois do trabalho levou uma mulher que conheceu no caminho de volta para seu lar, ela era ruiva, magra tipo aquelas mulheres de revistas, tinha os olhos verdes e a pele bem clarinha. Estava sentada na cozinha observando Tom preparar o jantar, ele era todo atrapalhado, mas uma vez em sua vida queria surpreender uma dama de uma forma diferente. Enquanto cortava os legumes para a salada sua cabeça começou a girar, ele sentia que sua pressão estava abaixando, mas não era isso. De repente tudo para e volta ao normal. Ele olha pra trás procurando a moça ruiva e da um grito. Era uma “coisa” com chifres e corpo de mulher, usava um vestido vermelho igual ao da moça, mas não era ela. Olhando para a faca em sua mão não pensou duas vezes e foi ao ataque.
-Morra sua coisa nojenta!
Então, cravou a faca brutalmente no peito da mulher com cabeça de demônio. Esfaqueou-a cinco vezes até que se deu conta de que estava matando a bela mulher que queria surpreender com o jantar. Olhou pro rosto dela que estava normal, depois jogou a faca e começou a chorar. Ficou desesperado com todo aquele sangue em suas mãos, a única coisa que ele pensava era:
-O que eu fiz? – Saiu de perto do corpo e sentou-se no sofá da sala. Ficou imóvel ali por horas e acabou adormecendo. Acordou as 03h16min da madrugada, o cheiro do cadáver estirado no chão de sua cozinha estava horrível, fazia seu estomago embrulhar.
-Preciso me livrar desse corpo. Não posso jogar tudo pro alto por causa dessa qualquer. - palavras frias de um homem em estado de choque. Depois disso pensou no que fazer, colocou o corpo dentro de um saco plástico e levou-o até o porta malas do seu carro. Quando entrou no carro foi surpreendido pelo segurança do prédio.
-Boa noite Sr. McRayan. Esta um pouco tarde para sair, o senhor não acha? – Tom entrara em choque, mas não podia ser pego ali. Então pensou em uma resposta que ele normalmente diria:
-E o que você tem haver com isso? Vamos faça o seu trabalho sem cuidar da minha vida.
-Desculpe senhor!- o segurança ficou envergonhado e abriu o portão da garagem. Tom saiu com o carro muito rápido, queria se livrar do corpo o mais rápido possível. Foi em um lugar onde dificilmente achariam o corpo: o lago Seneca, o mais profundo de Nova York.
Estacionou seu carro de qualquer jeito, abriu o porta malas e tirou o corpo. Arrastou o cadáver até a margem do lago e depois o empurrou para o fundo. Ele ficou na beira do lago observando a moça desaparecer nas águas. Depois de alguns minutos entrou no carro e voltou para casa.
No outro dia não fora trabalhar, acordou já era 13h00min da tarde. Sua secretaria eletrônica estava cheia de recados. Enquanto ouvia as mensagens ligou a TV para se distrair um pouco. Estava em um canal de culinária, isso fez com que a fome dele se despertasse, depois trocou de canal. Era o noticiário local informando o desaparecimento de Lucy Roolings, a garota que ele matara na noite passada. Vendo a foto da mulher na TV seu coração disparou, suas mãos começaram a suar. Ele precisava se controlar e ir para o trabalho. Tomou um banho e logo em seguida partiu. Quando chegou sua secretaria logo veio lhe comunicar os assuntos perdidos:
-Sr. McRayan tive de cancelar duas reuniões porque o senhor não me avisou que viria na parte da tarde. E Jasmim ligou, querendo saber quando vai ligar para ela.
-Tudo bem, remarque essas reuniões outra vez e sobre Jasmim, invente outra desculpa.
As horas foram se passando e seu horário ali no escritório se concluindo, voltou para casa para descansar. Ligou a TV e o noticiário insistia com o desaparecimento de Lucy Rooligs, seu coração palpitou novamente, sua testa escorria um suor frio e sua cabeça estava com uma enxaqueca terrível. Tudo começou a girar em sua mente, até que ele caiu no sofá outra vez, tentou se levantar, mas foi em vão. A mobília de sua casa estava estranha como se tudo quisesse atacá-lo. Ele correu até seu banheiro, trancou a porta, esfregou as mãos nos olhos e se acalmou. Percebeu que o estresse do trabalho e do “acidente” estava-o matando. Ligou a hidromassagem e tentou relaxar, encostou sua cabeça de uma forma aconchegante e fechou os olhos. A água cobria todo seu corpo, exceto o corte em seu peito. De olhos fechados um flash passou por sua mente. Desde o incidente no escritório até a morte da moça. Quando abriu os olhos viu a imagem da mulher em sua frente, ela tentou afogá-lo empurrando sua cabeça para dentro da banheira, deixando-o sem ar. Ele se batia contra a hidro para tentar se salvar, mas era inútil, pois a moça parecia ser mais forte. Enquanto sentia que estava sendo afogado pensou em todas as coisas que ele tinha e tudo que ainda poderia ter, reencontrou forças e se levantou da banheira. Ofegante, procurou a moça por todos os lados em seu banheiro, mas não a encontrou. Saiu do banheiro e foi para sua cama.
Acordou cedo para ir trabalhar, não podia ficar em casa se não se lembraria da ruiva e isso o mataria por dentro. Quando chegou ao escritório sentou-se em sua cadeira, não estava se sentindo bem logo pela manhã. Sua face estava suando frio e mais uma vez sentiu sua cabeça girar varias vezes. Ele a segurava firme, mas de nada adiantava, ficou vermelho e aflito; só depois de alguns minutos distraído por sua secretária voltou ao normal.
-Tom você esta bem, parece aflito?- ela estava com uma saia justa e o seu decota mostrava todo seu seio. Ele não sabia se respondia a pergunta ou se olhava para os peitos dela. Ela deu a volta em sua mesa, parou atrás dele e começou a fazer massagem em seu ombro.
-Você precisa relaxar. Eu sei bem como te ajudar nisso!- sua voz era doce e muito sensual. Ela saiu de trás dele e ficou parada em sua frente, soltou seus cabelos que balançaram no ar e começou abrir a sua camisete. Tom estava fitando-a sem parar. De repente, enquanto erguia sua camisete para tirá-la do corpo, seu rosto se transforma no rosto de Lucy. Tom a empurrou e ela caiu batendo a cabeça na ponta da mesa. Ele gritou:
-Você... Você esta morta! Eu a matei!
Ela o olhava parecendo não entender. Os olhos de Tom mostravam que ele estava enfurecido, tomado pela raiva. Foi quando ele abriu o cofre de sua sala e pegou um revolver e atirou na cabeça de Lucy, ou pior, de sua secretária. A bala atravessara a cabeça dela, deixando um buraco em sua face. Tom voltara a ver o rosto da secretaria que estava morta, com os olhos abertos e a cabeça sangrando no chão da sala. Ele saiu correndo do escritório levando consigo somente a chave do carro para fugir, enquanto varias pessoas passavam por ele para ver o que estava acontecendo. Agora, ele sabia que seria o principal suspeito da morte de Lucy.
Em menos de uma hora seu nome já estava nos noticiários como assassino de Andrea, sua secretaria, e Lucy. Estava dirigindo na velocidade máxima que seu carro aguentava correr em direção a Houston Street, na parte sul de Manhattan. A rua estava movimentada, não era horário comercial, mas apesar disso muita gente estava perambulando pela cidade. Tom estava ficando louco, desviava dos carros, passava pela calçada destruindo carrinhos de hot dog e frutarias sem perceber o que estava fazendo. Estava furando um sinal quando um enorme caminhão o atingiu, fazendo seu carro capotar várias vezes até parar batendo em outro carro. Ele desmaiou com o sangramento na cabeça e muita dor nas pernas.
Tom acordara outra vez no hospital, só que dessa vez com vários enfermeiros ao seu lado e um policial.
-Tom, você esta bem?- perguntou o policial.
-Estou... Mas não sinto minha perna. O que houve comigo?
-Você sofreu um acidente Tom. Seu carro bateu em um caminhão a 200 km/h e você foi lançado longe. Suas pernas ficaram presas nas ferragens e não tiveram salvação.
Ele tirou o lençol que o cobriu e olhou seu corpo deformado. Procurava por suas pernas, mas não as encontrava. Sua única reação foi chorar, e enquanto chorava o policial lhe dizia.
-Você chorará mais porque ira pagar por seus crimes na cadeia! Lá, terá muito tempo para chorar.
Antes de uma semana Tom já estava na cadeia. Sua nova vida lá com certeza não seria de luxo como era antes. À noite, ao se deitar, encostou sua cabeça na cama dura e começou a suar, pesadelos invadiam sua mente, sua pele estava fria outra vez e sua cabeça não parava de dor. Ele gritava parecendo que estava sendo esquartejado. Um policial o ouvirá e foi até sua cela:
-Cale a boca seu assassino!
Tom olhou para ele com os olhos arregalados e calou-se. Não estava vendo um homem em sua frente, mas sim uma besta com enormes chifres e olhos vermelhos. Na cela da sua frente um homem de pele escamada com os olhos de gato estava gritando com ele. Ele se virou com medo e olhou para o espelho, não estava enxergando direito, precisou se arrastar para perto para enxergar melhor. Toco sua pele para sentir se estava mesmo igual a que o espelho refletia, cheia de pelos, e seus olhos vermelhos parecendo chamas incandescentes. Afastou-se com medo da imagem que via, e começou a ouvir um barulho que entrara em seus ouvidos fazendo-o delirar. Sem saída socou o espelho que refletia um monstro, fazendo sua mão sangrar. Pegou um pedaço do caco se arrastou outra vez para perto da grade da cela e começou a gritar:
-Agora eu vou te matar seu monstro desgraçado. Você esta acabando com a minha vida, porém acabarei com a sua antes. – Nesse momento ele estava cortando a garganta do monstro, que na realidade era ele mesmo. Rapidamente voltou a olhar para um pedaço do espelho e viu sua garganta escorrendo sangue, suas mãos também sangrando com o corte. Jogou-se no chão, sentia sua cabeça rodar e um enorme enjôo dominou seu estomago. Mas já era tarde para sentir tudo isso, pois sua vida estava chegando ao fim. Seus olhos estavam se fechando devagar e a imagem de Lucy em sua mente. Ele a via rindo de seu sofrimento e ainda a ouviu dizer:
-Canalha agora você teve o que mereceu!
Após ouvir isso, seus olhos se fecharam por completo e toda dor que sentia se fora junto com sua vida de luxo cheia de carros, mulheres, drogas e bebidas. Era o triste fim de Tom McRayan.


quarta-feira, 20 de julho de 2011

#felizdiadoamigo



É inexplicável a imensidão que eu sinto por deixar vocês fazerem parte da minha vida.
São surreais os momentos que passei, passo e passarei junto com vocês.
Toda grande amizade começa de um simples oi ou um simples gesto que pode mudar toda a vida. Sei bem disso porque foi assim que aconteceu comigo!
Não me esqueço daquelas pessoas que eu nunca havia visto antes e que depois se tornaram essenciais em minha vida. O que eu sei agora é que é impossível deixar vocês de lado, pois uma grande amizade sofre abalos mas nunca desmorona.
Grandes amigos se unem como laços soldados a ferro. Podem fraquejar mas nunca se quebram.
Não existe tempo ruim para os amigos; não existe solidão quando se tem amizade, o que existe é um ombro amigo em momentos que a alma esta feriada.
É com grande carinho que dedico esta mensagem a todos os meus amigos. Não importa se você esta longe ou perto, quando se tem amigos de verdade a distância não existe!
 #felizdiadoamigo 
David Fiori

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Doce jogo

Você pode brincar comigo, mas não pode realmente me deixar. E eu não posso parar de jogar.
Seus beijos me lembram um toque de ironia e seu sorriso.. ah o seu sorriso tão sínico me enche de raiva e angustia que me perco na ilusão de que você realmente sabe jogar.
Mas você não sabe! Não mais que eu.
Pensa que sempre estou aos seus pés, que a todo tempo sou seu. Engana-se.
Enquanto você me faz sentir todas as angustias de quem realmente ama, o que eu faço você sentir? Nada! Só o meu desprezo.
E quando eu te beijo você sente o vazio dos meus lábios, e quando eu te toque você não sente minha presença e quando eu sorrio, simplesmente é pra mostrar como sou feliz.
E não tem nada que mude isso agora, pois eu gosto do seu jogo mas  prefiro bem mais o meu.
Não é questão de estar quente e te deixar fria e depois te esquentar. Não é te fazer caricias e depois te deixar, é te ter quando e onde eu quiser da forma que eu quiser.
Então não me provoque, ou provoque pra valer!


sábado, 2 de julho de 2011

Amante de gelo





Não tenho medo de enfrentar a solidão, nem de me perder no escuro.
Não ligo se o sol se põe e a noite fria chega. Muito menos de sentir o vento gelado do inverno em minha pele.
Posso passar por tempestades turbulentas sem nem me ferir, e ainda sorrir enquanto a chuva lava meu peito.
Creio que não sou perfeito mas sou o único com o brilho das estrelas e por isso, não tenho medo do escuro.
Talvez eu não esteja sempre no meu estado lúcido, mas prefiro assim um amante de gelo.
Um amante de gelo não se importa como,onde ou quando encontrará sua amada mas sim quem será  ela. Seu coração não é de pedra só está frio esperando alguém que o faça esquentar. E mesmo assim, um amante de gelo sempre será o mesmo; aquele que não sente medo da solidão ou do inverno, aquele que brilha tanto quanto as estrelas porém poucos o enxergam. Aquele que abraça o vento gelado de inverno e senti a calmaria.