Gotas de sangue escorrem pelos meus olhos,
Mas a dor que eu preciso não chega.
Pontadas no meu coração só ferem a minha alma.
Caio de joelhos perante a amargura, mas não me sinto fraco. Não conheço a agonia da tristeza, mas sei bem como é o silencio do obscuro.
Estremeço perdido na solidão, mas permaneço em pé o tempo todo. Sou forte o bastante pra acabar comigo mesmo.
Ninguém conhece minhas fraquezas, porém reconheço uma pobre alma fraca há poucos metros. Sinto o cheiro do medo, vejo o pavor nos seus olhos. Não se espante comigo, sou apenas a sombra de alguém que você já magoou.
Não sou suicida nem masoquista, mas depois de muitas dores vem a força. Ergo minha cabeça, sigo em frente; piso em tudo que me atrapalhar.