segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Sabor de rancor


Gotas de sangue escorrem pelos meus olhos,
Mas a dor que eu preciso não chega.
Pontadas no meu coração só ferem a minha alma.
Caio de joelhos perante a amargura, mas não me sinto fraco. Não conheço a agonia da tristeza, mas sei bem como é o silencio do obscuro.
Estremeço perdido na solidão, mas permaneço em pé o tempo todo. Sou forte o bastante pra acabar comigo mesmo.
Ninguém conhece minhas fraquezas, porém reconheço uma pobre alma fraca há poucos metros. Sinto o cheiro do medo, vejo o pavor nos seus olhos. Não se espante comigo, sou apenas a sombra de alguém que você já magoou.
Não sou suicida nem masoquista, mas depois de muitas dores vem a força. Ergo minha cabeça, sigo em frente; piso em tudo que me atrapalhar. 

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sem volta


Eu sou a dor que corta os teus pulsos,
A escuridão que vaga em sua alma
A tragédia que assombra tua vida.
Sou a angustia dos teus dias, prisioneiro.
Sou a poesia de quem tampouco ouviu falar,
A arte que te assusta, o medo que te devora.
Eu sou o demônio do seu inferno, fogo.
Sou a chama que queima sua pele, o calor que esquenta seu coração.
Prisioneiro, sou as lágrimas que fizeste tantos derramar
Eu sou a faca que cravaste no teu próprio peito,
Posso ser quem você desejar, um pecador, um servo, um diabo.
Sou o frio que faz seu corpo estremecer, sou o futuro que você não terá.
Sou a riqueza que roubaste e o conflito que ganhaste.
Sou seu prêmio de consolação, a morte.


terça-feira, 9 de agosto de 2011




Volte para casa. Abrace-me, me beije, me perdoe. E quando você voltar te contarei todos os meus segredos, realizarei seus desejos, domarei seu coração. Ame-me esquecendo o amanhã, quero viver o agora como se nunca mais fosse ver o sol novamente. Desligue o celular por um instante, realize os meus sonhos. Volte para casa. Enxugue as lagrimas que os meus olhos deixam cair pela casa, cure os ferimentos da minha alma. Ascenda à luz da minha vida, me entregue seu coração mais uma vez. Volte para casa minha querida, deite ao meu lado na praia e contemple comigo a serena noite e suas lindas estrelas. Não se esqueça de que eu preciso de você, não tenha medo do perigo, não perca a fé. Não me esqueça.

Não existe nada em especial na minha vida. Sou simples e contraditório. Mudo meus pensamentos, opiniões e expressões o tempo todo. Costumo não me apaixonar; é uma coisa entre eu e o meu coração. Um contrato! Ele para de perder tempo se apaixonando e eu o deixo mais seguro e aliviado. Mas agora sinto algo novo, novo novamente. É incrível como quebramos contratos, rompemos termos e quebramos regras. O problema – ou a solução deles- é que quando você chega meu coração se aquece, sai de uma escuridão fria e solitária onde eu o privei por um longo tempo de tudo que me fizesse se apaixonar novamente. E agora você esta de volta, trazendo tudo outra vez. Mas minha vida contraditória me impede de se deixar levar, de ter você aos meus braços outra vez, de sentir aquela fragrância que nem as rosas mais belas do mundo podem ter, de cair na estrada e se perder no mundo com você. E no fundo aceito que o meu destino não é esse, aceito todos os termos e acordos que eu fiz com o meu coração. Dispenso o que a minha mente diz- ela não para de pensar em você. Algo me afirma que eu preciso de você, mas não é confiável então só passe despercebida em minha vida, como se nada tivesse acontecido outra vez. Isso é aceitar o destino!