terça-feira, 4 de outubro de 2011

Esquecido pelo tempo



Meia noite marca o relógio preso ao meu pulso. Impossível não notar as marcas.
Balas e facas caídas ao chão, alguns cortes que já mais cicatrizarão.
Ferimentos expostos sobre a pele, lembranças de um homem angustiado traído pelo próprio coração.

Meia noite marca o relógio preso ao meu pulso. Difícil é disfarçar a agonia sentida pela mente.
Sangue e lágrimas cobrem o chão, mas não se misturam como óleo e água.
Um homem em pé de mãos atadas, com o corpo mole segurando uma adaga.

Meia noite marca o relógio preso ao meu pulso. A vida para e não recomeça.
Taças e copos atirados ao chão. Pequenos pedaços de vidro que perfuram meu coração.
Feroz como um tigre e frágil como o algodão, memórias de um homem desenganado e sem compaixão.

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