E se às vezes você sentisse que pode olhar pro céu e enxergar mais que as constelações,
E se você pudesse ser alguém que vai além de uma simples sombra feita pelo sol,
E se você contasse 1,2,3 e estivesse falando do pouco tempo que têm.
É tão intenso o poder que temos na mente que às vezes ficamos cegos com ele, eu acordo todas as manhãs e pergunto ao espelho quem será essa pessoa refletida nele. Eu não sei talvez ninguém saiba agora. Talvez ninguém nunca vá saber.
E se às vezes o calor do sol queimasse mais do que a pele,
E se às vezes a chuva lavasse mais que o meu corpo,
E se às vezes as dores servissem como tentativas que jamais seriam em vão.
Não sei sorrir por tempo ilimitado, não sou sínico pra isso. Sou introspectivo demais. Guiado pela cólera do meu coração e iluminado sabe lá Deus por quem! Sempre encontro vários motivos para não ir em frente, mas é só o meu medo me alertando.
E se a morte trouxesse a verdadeira vida,
E se a alegria de uns fosse o rancor de outros,
E se a vida viesse com todas as respostas.
Em um instante quero viver um sonho, mas no outro sei que preciso da realidade, me sinto uma verdadeira contradição ambulante. Não sei nada sobre mim e de repente sei muito mais do que deveria saber; são sonhos, pesadelos, convivências, desistências tudo que jamais decifrarei. Sinto-me como um raio que chega ao chão e vaga perdidamente pela terra enquanto suas forças durarem.
E se meu sangue fosse derramado para me salvar,
E se meu ego fosse tão doce quanto um chocolate,
E se minha vida fosse mais do que é sempre.
Eu não sei de nada, por enquanto preciso sentir essa minha agonia e depois perambular minha mente e descobrir mais de quem eu sou. Sentir os tremores que a vida me passa e as dores de que meu coração precisa. A vida é uma Marajó de indagações e eu sou apenas um marinheiro perdido na imensidão dos meus pensamentos.
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