quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Eu,você e o sol de outono

O sol brilhava como se nunca mais fosse brilhar, como se o mundo precisasse ainda mais de luz e calor, brilhava como se fosse a única luz acesa em um quarto escuro. Tão intenso que me fazia queimar por dentro, fervendo como um vulcão. Eu percebi então que você estava de olhos fechados sorridente, a brisa pouco fria balança seu cabelo e o sol brilhava em sua pele. Você continuava ali sorrindo para o sol, e naquele momento eu ganhará uma pontada de inveja no coração, pois seu sorriso era para o sol que brilhava longe e não para mim que estava ao seu lado segurando sua mão como se fossemos duas crianças com medo de se perder dos pais. Você abriu os olhos e eu estava ali pronto para você. Pronto para que o mundo desabasse em cima de mim desde que você continuasse respirando, pronto para que o sol resolvesse queimar mais do que o necessário desde que você não sentisse as queimaduras, pronto para que um vento forte viesse e levasse tudo embora desde que eu e você fossemos para o mesmo lugar. Senti seu rosto corar quando acariciei seu cabelo, você desviou o olhar e quando percebeu meus lábios já se encaixavam perfeitamente nos seus. Eu sabia que não deveria parar mesmo que o sol queimasse nossa pele, mesmo que o mundo acabasse, mesmo que o vento nos levasse, porque não há nada que me faça desistir de você. De um beijo leve passamos para um mais intenso, com esse beijo pude sentir a mesma paixão que eu transmitia para você. Sentia por dentro a melhor sensação da minha vida (amor, talvez?). Eu abri os olhos e senti que você ansiava por mim ainda, pelo meu toque, pelos meus beijos. Não me importa, o mundo podia acabar agora desde que só sobrasse eu e você e o sol de outono para ascender nossa paixão. Enfim, preciso voltar para você antes que o sol se ponha e o amor se vá. 



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