Brasil, São Paulo capital. É onde a jovem caçadora Megume reside. Apesar de ter apenas 15 anos, tem uma grande responsabilidade que é passada de geração em geração na sua família, ela é uma caçadora de vampiros. Não se engane, apesar de ter 1,60m, 54kg, olhos castanhos, pele clara, mestiça ela é forte, inteligente,atraente, quase indestrutível. Sua irmã foi morta por um vampiro muito antigo, há cinco anos atrás e desde então ela jura vingança.
Diferente dos outros jovens, ela não estuda em um colégio. Sua família prefere vê-la em casa estudando, porque a qualquer momento alguém indefeso pode precisar de sua ajuda, e dentro de um colégio ela não poderia sair quando precisasse.Porem, ela tem seus grandes amigos Livy e Paulo que sabem de seu segredo.
As vezes no domingo a tarde, os três vão até o ponto mais popular de adolescentes da cidade, o Galera Radical. É como se fosse um clube, onde só adolescentes entrassem.
-Hoje esse lugar esta um tédio!-afirmou Jhoe.
-Eu não acho, tem tanto gatinho me dando mole.- Livy, sempre achava que os caras estavam dando moral para ela, e quase sempre eles nem sabiam que ela existia. Ela não é feia, talvez seja desarrumada, talvez seja seu estilo gótico que não a faz ser popular.
-Ai Livy, mais é claro que eles estão te olhando.- Megume sempre ria quando ela dizia isso, pois era engraçado ver sua amiga se achando mesmo quando ninguém da motivo para ela se vangloriar.
Olhando a mesa ao lado, Megume não conseguiu parar de encarar um garoto que estava sentado bem próximo dela.Era a primeira vez que ela sentia isso. O garoto também a olhava, quando ela tentava disfarçar.
-Livy, aquele cara ta te olhando muito estranho.- Jhoe sentia uma pontada de ciúmes perfurando seu coração. Ele não gostava dela, na verdade não sabia se gostava de alguém de verdade.
Ela ficou vermelha.
-Jhoe vamos até a maquina de refrigerantes, estou com sede.- Na verdade Jhoe não tinha entendido o sinal de que era para deixar a mesa livre para o garoto vir conversar com a Megume.Mas depois de levar um tremendo chute no joelho, não demorou dez segundos para entender que ele tinha de sair da mesa.
Após saírem, Megume ficou na expectativa do garoto vir até ela. A garota ficou o encarando por mais cinco minutos até que ele levantou e se aproximou:
-Posso?- ele estava puxando a cadeira para se sentar bem na sua frente.Ficou encantado com aquela linda garota, parecia tão meiga e sensível. Perfeita para ele.
-É claro!- ela estremeceu, e de vergonha começou a morder os lábios.
-Oi, o meu nome é Vinicius, mas pode me chamar de Vini. E você, como se chama?
-Oi Vini, meu nome é Megume. – estava vermelha, não era acostumada a ter garotos sentados em sua mesa. Nunca teve um namorado, porque quando os garotos entravam em seu quarto e abriam seu armário davam de cara com uma estaca e um crucifixo. Com certeza não era normal uma jovem ter isso trancado em seu armário, por isso todas as suas- duas- experiências amorosas foram rompidas rapidamente.-Você é novo na cidade? Nunca o vi aqui.
-Sou sim,acabo de me mudar do Rio de Janeiro.
-Huum, e você mora sozinho?- Já estava começando a querer saber demais.
Ele deu uma curta risada de respondeu:
-Não, por que? Aparento ser mais velho que o normal para estar aqui?
Ela deu risada meio sem graça.
-Me desculpe, não é isso. Mas você parece ter uns 19 anos, e não 15 ou 16.
-Eu tenho 16, e moro com o meu tio.
Passaram algum tempo conversando, marcaram de se encontrar novamente no parque.Não demorou muito e Megume sabia que já estava amando, era o seu primeiro amor.Apesar de estar apaixonada não poderia deixar o seu trabalho de lado, tinha de caçar todas as noite e enquanto não exterminasse ao menos um vampiro não voltaria para casa.Era sempre arriscado, mas não tinha como deixar isso de lado, era o seu destino.
Vini era quase perfeito, exceto pelo fato dele não gostar muito de sair durante o dia. É claro que passou pela cabeça dela ele ser um vampiro, mas ela logo saberia quando ele sentou na mesa dela aquele outro dia no shopping. Ele dizia não gostar muito de sair ao sol, pois se queimava muito fácil pelo fato de sua pele ser tão clara.
-Vini hoje é domingo não quero passar o dia todo aqui em casa vendo “O ultimo exorcismo”. Af! Vamos até o parque, todo mundo esta lá. – ela estava quase de joelhos implorando para sair de casa.
-Você sabe que eu não gosto de parques, cheio de gente, calor, sol! – estava sendo difícil de o convencer, ele queria mesmo é ficar em casa.
-Por favor! – ela olhou nos olhos dele, se aproximou e pegou em sua mão.
-Ah, você sabe que eu não resisto a esse olhar. – Ele disse .Então ela se aproximou mais ainda e o beijou loucamente caindo em cima dele.
-Você ainda quer ir até a praça ou prefere ficar aqui comigo, só nós dois?- Agora ele queria seduzi-la para ficar em casa. Quase funcionou.
-Não, nós vamos para o parque agora e quando voltarmos terminaremos esse lance! – ela levantou rápido, olhou para ele e piscou com o olho direito.
O parque não estava movimentado, mas mesmo assim Megume queria ficar. Sentaram-se no gramado e ali permaneceram por horas, até que algo estranho aconteceu com Vini, sua pele começou a queimar.
-Oh meu Deus, sua pele esta queimando! – Megume estava apavorada, quase sem reação. Ela já havia visto a pele de vampiros ficar daquele jeito.
-Eu tenho que ir. – ele levantou e correu na direção de sua casa- pensou Megume.
Ela foi direto para casa, entrou no seu quarto e desabou em prantos. O que ela faria se seu namorado fosse mesmo um vampiro? Ela o mataria ou o esconderia? Sua cabeça estava cheia de pensamentos, não conseguia ouvir o próprio coração. Já estava a noite, era hora de caçar! Pegou sua mochila, olhou dentro dela para verificar se seus armamentos estavam lá, e saiu em direção ao lugar mais alto da cidade.
Uma caverna. Foi o que ela encontrou deduzindo que haveria vampiros dentro dela.
Não era um covil mas com certeza alguém estava morando ali, pois o lugar estava repleto de quadros muito antigos e cadeiras de uma época que ela nem imaginava. Só coisas antigas, parecia mais um antiquário.
Com um susto, ela foi surpreendida pelo –aparentemente- residente do local.
-Olá minha jovem. – disse o homem pálido, de cabelos grisalhos mas em boa forma.
-Você mora nessa caverna? – ela perguntou assustada. Como uma pessoa aparentemente normal poderia morar em uma caverna repleta de coisas velhas?
-E você é...?
-Eu sou uma caçadora. – ela afirmou
Instantaneamente pareceu que o homem estava com medo, e presas cresceram em sua boca.
-Argh! Caçadora, você esta no lugar errado. – ele parecia enfurecido, mas ainda com medo.
-Acho que eu vim ao lugar certo, preciso mesmo acabar com um vampiro hoje.- ela disse ironicamente com um sorriso nos lábios pensando em Vini.
-E eu estou com sede, adoro um sangue novo. – agora ele parecia um velho tarado querendo agarrar ela.- Espere um pouco, parece que eu conheço esse rosto, você é irmã de Suzan Stark? É claro que você é. – ele não deu tempo para que ela respondesse, o vampiro tinha certeza. – Já acabei com uma das Stark’s e agora acabarei com outra. Hoje é o meu dia de sorte! – e um riso maléfico tomou conta do lugar.
-Não tenha certeza disso! – ela afirmou. Partiu para luta, era uma garota destemida não tinha medo de morrer.
Golpes fortes. Era o que os dois usavam para acabar um com o outro.
Megume, já estava cansada. Parecia que seus golpes não surtiam efeito no vampiro, então ele a agarrou pelo pescoço e a jogou contra a parede.
-Criança boba, como ousa tentar me destruir? – ele ainda falava ironicamente.
Megume já estava quase sem forças, mas conseguiu usar o pouco que tinha para escapar das mãos dele e correr para pegar sua estaca banhada a água benta.
Um vulto muito rápido passou por ela e tirou a estaca de sua mão.
-Parem, por favor! – era Vini implorando pelo fim da guerra.
-Vini, o que você faz aqui? – Megume não entendera o porque dele estar na caverna, justamente naquela caverna.
E novamente o vampiro grisalho deu um riso extraordinariamente irônico.
-Ah, você não contou para ela Vini?
-Como ele sabe seu nome? – ela estava confusa, mas algo dentro dela estava se esclarecendo.
-Ele é meu... meu pai. – parecia que a palavra “pai” nunca fora pronunciada por Vini.
Megume estava espantada e cheia de fúria. Mas seu coração estava batendo forte e era porque ela estava apaixonada.
Sua única reação foi correr em direção a estaca.
-Não me importa o que ele é seu, esse vampiro esta aniquilado. – então ela cravou a estaca no coração do vampiro grisalho.
-Aaaaaaaaaaaaaaaaah! – um grito de dor foi o que todos ouviram. Seu corpo caiu ao chão e logo em seguida só restavam cinzas.
-Por que você o matou? – agora quem estava irado era Vini.
-Porque ele é um vampiro!
-Então terei o mesmo fim que ele? – uma incógnita em sua mente.
Ela não respondeu, só se aproximou dando-lhe um beijo. Ele a correspondeu, foi a beijando, acariciando até descer ao seu pescoço. Suas presas estavam a amostra, e o pescoço de Megume era o alvo.
Vini estava completamente irado querendo sugar todo o sangue de caçadora que havia no corpo de Megume.
-Pensei que você fosse diferente dele, diferente de todos os outros que eu já matei. Mas agora vejo que você é só mais um que terá o mesmo fim dos outros.
Ela correu pela caverna, pegou uma cadeira daquelas bem antigas e lançou contra ele. Vini caiu ao chão sem nenhum arranhão, depois levantou-se rapidamente dando um chute no estomago de Megume. Ela caiu próximo a sua bolsa, estava com muita dor e sede parecia, porque ela pegou a garrafa de água benta e começou a beber.
Ela ainda estava caída no chão quando ele a pegou.
-Você não devia ter feito aquilo, agora terei de matá-la.
Ela não falava mais, a única coisa que fez foi dar-lhe um beijo. E esse beijo continha uma surpresa: água benta. Megume cuspiu toda a água dentro da boca dele, deixando-o mais fraco, ele a soltou e caiu no chão de joelhos.
-E você não deveria se meter no meu caminho! – ela chutou a cabeça dele com tanta força que o fez cair para trás e logo em seguida cravou a estaca em seu peito.
-Uuuhrgh! – ela quase fez o som de um rosnado quando estava cravando a estaca em seu coração.
Megume levantou, olhou dentro de sua mochila e viu gasolina dentro de uma garrafa. Espalhou pela caverna toda, ateou fogo e saiu.
Do lado de fora viu tudo queimar, menos o seu ex namorado e o pai dele- pois eles já estavam em brasas.
Ela sorriu ironicamente e foi embora. Chegou em casa e disse para a mãe dela:
-Mamãe? – ela parecia tranqüila e calma, como se já estivesse passado por isso outras vezes.
-O que foi Megume?
-Terminei com mais um. – ela falava como se tudo fosse normal.
-E como você terminou com ele querida? – a mãe estava mesmo curiosa.
-Matei o pai dele, e depois ele. Ateei fogo em tudo e vim para casa.
A mãe se aproximou e deu um beijo na testa dela.
-Bom trabalho querida, com certeza você é uma grande caçadora!
***
Não fique espantado, esse é o trabalho dela: seduzir e exterminar. Por isso ela é chamada de caçadora! E na verdade Megume nunca o amou, só fingiu que o amava – (ela era uma boa atriz)- para acabar com ele e o pai dele.
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